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A Single Minute Exchange of Die (SMED) – Troca Rápida de Ferramenta

A sigla SMED e o termo troca rápida, podem não aparecer com tanta frequência ao buscar por ferramentas do sistema lean ou melhoria contínua, mas certamente depois de conhecer mais sobre este método conosco, você o terá como uma das principais chaves ao tornar-se um profissional em melhoria contínua!

Então sem mais delongas vamos às apresentações e aplicações desta metodologia.

Como em muitas estratégias envolvidas com melhoria de processos em geral e Lean, a SMED começou no Japão na Toyota por volta dos anos 50.

Seu idealizador, o consultor Shigeo Shingo notou um processo ineficiente na Toyota envolvendo a moldagem do corpo de uma linha de veículos.

Grande parte do desperdício veio do tempo gasto na troca para novas ferramentas em equipamentos que eram necessários para diferentes fases dentro do processo de moldagem da carroceria.

Esta mudança durou nada menos que cerca de oito horas e a Toyota também gastou quantidades consideráveis em terrenos para armazenar os veículos que estavam sendo construídos.

Diante do considerável gasto de tempo e dinheiro, foi elaborado um novo sistema, onde a Toyota poderia economizar dinheiro acelerando o processo de troca.

Neste modelo houve uma mudança de todo o processo para exigir menos tempo de troca, o qual foi resumido a apenas três minutos.

A Single Minute Exchange of Die (SMED), também conhecida como Troca Rápida, é uma das variedades estratégicas do Leanpara identificar e eliminar desperdícios.

Estamos tratando de uma ferramenta focada em reduzir o tempo de mudança de um processo de uma operação para outra, melhorando o tempo de ciclo e atuando na redução de custos atrelada ao aumento da flexibilidade dentro de um processo.

O título “minuto único” refere-se à redução do tempo de troca para minutos de um dígito, de um máximo de nove minutos para um (se possível)!

Um exemplo real da SMED pode ser visto durante as corridas de Fórmula 1! Onde a velocidade das equipes de boxes muitas vezes pode fazer a diferença entre ganhar e perder para os pilotos de carros de corrida.

Neste contexto, equipes buscam constantemente por maneiras de acelerar o tempo que um carro permanece no pit lane, pois o tempo gasto para cada operação tem influência direta no resultado final.

A aplicação do SMED acontece por meio de etapas dentro de uma de duas áreas: componentes de configuração externa e interna.

As etapas internas acontecem enquanto o equipamento ou processo é interrompido e as etapas externas ocorrem enquanto o equipamento ou processo está em funcionamento.

Vamos conhecer primeiro a etapa da parte externa do SMED, onde os componentes externos, buscam ter suprimentos e ferramentas prontos para uma mudança.

Nesta etapa, é de extrema importância, uma análise cuidadosa do que será necessário e, em seguida, encomendar adequadamente os suprimentos para que os itens necessários estejam disponíveis.

Já quando falamos da etapa na parte Interna, a análise cuidadosa de como uma equipe lida com os detalhes de um processo pode ajudar os líderes a identificar áreas onde podem ser feitas melhorias.

Faz parte desta etapa, identificar componentes internos que podem ser torna dos externos, e qualquer operação que possa ser feita antes que a mudança real ocorra, oque ajuda a acelerar o processo de forma significativa.

Para implementarmos o SMED é necessário aderir uma sequência de procedimentos bem elaborados, como os listados a seguir:

● Identificar o processo: Visualizar a área de foco para melhorar os tempos de mudança e ver como o processo está sendo tratado pode ajudar a identificar áreas a serem melhoradas.

● Separar elementos externos: Todos os elementos da operação que são externos devem ser separados! Isto inclui elementos que atualmente são internos, mas que podem ser tornados externos.

● Conversão Interna para Externa: Qualquer elemento que possa ser movido para o exterior deve agora ser movido, temos que priorizar a lista para que os elementos com maior impacto potencial na redução de tempo e custo sejam movidos em primeiro lugar.

● Simplificar: Os elementos internos devem ser simplificados para levar menos tempo, cada elemento individual deve ser considerado, isto também pode envolver novos equipamentos ou modificação de equipamentos existentes para que as trocas sejam mais suaves e rápidas.

Ao reunir as informações que vimos acima, podemos classificar o SMED como uma parte chave do sistema Lean, o qual vai muito além da fabricação.

Esta metodologia pode ser aplicada em qualquer processo que requeira uma mudança, desde a criação de software até uma empresa no geral. O foco na redução do tempo ocioso das operações, reduz custos e desperdícios, levando ao aumento da produtividade do setor e alcance de metas.

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